Dia 27 de Setembro de 2012 foi um dia muito especial para todos que, assim como eu, amam Harry Potter.
Nesse dia foi lançado o primeiro livro pós-Harry de J.K Rowling. E a pergunta que não queria calar era “será que ela é boa mesmo?” e também “será que ela consegue de novo?”
Nesse dia foi lançado o primeiro livro pós-Harry de J.K Rowling. E a pergunta que não queria calar era “será que ela é boa mesmo?” e também “será que ela consegue de novo?”
Depois de uma certa dificuldade em conseguir comprar, no próprio dia 27 comecei a ler. E...
...ela é boa mesmo. De verdade.
A história do livro começa com a morte de um dos conselheiros da paróquia de Pagford, no interior da Inglaterra. E, a partir dessa situação, ilustra com propriedade magistral os sentimentos e ações de diversas pessoas envolvidas com o falecido.
Realmente, não parece muito. Mas, Rowling consegue, desde o início nos envolver em uma história sem mistérios, sem aventuras. Somente com construção de personagem. Você não lê porque quer saber o que acontece. Você lê porque quer conhecer essas pessoas.
O livro é narrado por 17 personagens diferentes. Por isso, não há mistério. Porque o que um personagem não sabe ainda, o outro sabe e já te contou. E, tirando algumas poucas situações, quase não há movimento a não ser aquelas normais, do cotidiano dessas pessoas. E mais, se espera heróis, esqueça. Todos os personagens são terrivelmente reais. Nas suas qualidades sim. Mas, principalmente em seus defeitos.
Levando tudo isso em consideração acho que fica fácil vocês entenderem quando digo que ela escreve bem. Porque, mesmo com todas essas questões, o livro é excelente. Sim, é meio lento. Mas nem todo livro precisa ser devorado. Alguns podem e merecem ser apreciados. Como esse.
Já a resposta da segunda pergunta é um pouco mais complicada. “Será que ela consegue de novo?”
(Fotografia: Carlo Allegri/Reuters) |
A resposta talvez seja outra pergunta. Será que ela quer? Esse livro é total e completamente diferente de qualquer coisa em Harry Potter. Ela nem sequer quer atingir o mesmo público. Então, considero que não.
Ela não vai conseguir a mesma coisa. Mas não porque não tem talento. E não porque não poderia. Acho que, simplesmente, ela não está interessada nisso. E acho que isso a deu coragem de fazer um livro honesto, do jeito que ela queria.
Quem aqui gosta de um bom livro sobre pessoas, comportamentos e, principalmente, construção de personagens, tem grandes chances de gostar de “The Casual Vacancy” e sua incomum vida comum.
Fiquem ligados. O livro será lançado pela Nova Fronteira no dia 12 de Dezembro. A tradução do título é “Morte Súbita”.
Algumas observações, tá?
Não costumo ligar para faixa etária. Acredito que a censura deva estar associada à maturidade da pessoa e não à sua idade. Mas, é legal contar que esse livro tem cenas bem pesadas. Sexo, estupro, uso de drogas, morte, criança fazendo m... enfim, não é pianinho. E imagino que tenham muitas crianças interessadas em ler só porque é da Rowling. Por isso, eu estou avisando aqui. Não é bem um livro adulto que é tranquilo das crianças lerem, tá?
Nas Letras tem uma resenha completa do livro. Que tá imensa. Por isso, fiz um resumo por aqui. Mas, quem quiser ler... http://www.asletras.com.br/2012/11/a-presenca-em-casual-vacancy.html
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Sobre o autor
Joana Aquariana, carioca. Devoradora de livros, viciada em séries e sol. Leio na praia, no ônibus, no carro, no computador, no sofá, na cama, no banheiro, andando, correndo e, às vezes, até tomando banho.
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