3 de janeiro de 2013

Resenha: Memórias de um Amigo Imaginário, de Matthew Dicks

Título: Memórias de um Amigo Imaginário
Título Original: Memoirs of an Imaginary Friend
Autor: Matthew Dicks
Editora: iD
Páginas: 432

Sinopse:
Enquanto Max acreditar em mim, eu existo. Posso precisar da imaginação do Max para existir, mas tenho os meus pensamentos, as minhas ideias e a minha vida, tudo isso separado dele. Max não gosta de gente da mesma forma que as outras crianças gostam. Ele gosta das pessoas, mas bem de longe. Quanto mais afastado alguém ficar de Max, mais ele vai gostar dessa pessoa.
“Nós dois não gostamos da Sra. Patterson, mas ultimamente ela e Max estão estranhamente próximos. Isso não é normal, muito menos para alguém como o meu amigo. Ele corre perigo, tenho certeza...”

Uma história apaixonante e dramática sobre amor, lealdade e sobre o poder da imaginação. Perfeita para qualquer um que já tenha tido um grande amigo – real ou não... 

Você já teve um amigo imaginário?

Editora ID
Eu nunca tive. Já tentei -sim, eu tentei-, mas sempre me esquecia dele minutos depois, então desisti da ideia. Pode parecer bobagem para uns o que não é para outros, e Memórias de um Amigo Imaginário te mostra o quão importante um amigo imaginário pode ser na sua vida.

Tudo bem que aqui a história é fictícia e é toda narrada por Budo, o amigo imaginário de Max, que já existe há 5 anos -o que é muito para alguém como ele-, mas em algumas partes do livro, você consegue perceber que a presença de um amigo imaginário poderia ser real em situações difíceis, como num hospital.

As crianças, principalmente, criam seus amigos imaginário sem perceberem, e assim é que eles conseguem viver: enquanto seu amigo humano acreditar nele. Fazem parte do cotidiano delas. Podem ser um animal, uma tiara, uma colher, qualquer coisa, e Budo é igual a um humano, só não pode tocar em nada, nem falar com pessoas, além do seu criador.

Max é um garotinho diferente. O pai acha que é sua personalidade, já a mãe acha que pode ser algum problema. Ele só é diferente. Se foca em seu objetivo e não presta atenção no que acontece ao seu redor. Não é de falar muito, e quando alguém lhe faz uma pergunta, é breve, com sins e nãos. Não tem amigos, só Budo. É bem sistemático, porque quando a mãe o autoriza a fazer algo em um horário não habitual, ele simplesmente se recusa. E, às vezes ele fica empacado. Mas é assim que ele é.

Na escola, Max e Budo adoram a Sra. Gosk. É a melhor professora do mundo. Eles adoram quando ela lê livros para a turma, mas em algumas sessões dessas, Max precisava sair para reuniões no Centro de Aprendizagem com a Sra. Patterson. Budo nunca foi com a cara desta mulher, nem Max, mas de uns tempos para cá, eles começaram a ficar próximos demais, e ele nunca falava sobre o que conversavam quando a Sra. Patterson o levava ao seu carro, já que seu amigo imaginário era proibido a chegar perto. Até que numa destas idas, Max não volta mais. Budo, com a ajuda de outros amigos imaginários, precisa salvá-lo, porque nem um outro humano sabe onde ele está. Ele só não sabe como fazer isso.

Contei demais, até, mas ao menos você saberá o que te aguarda em Memórias de um Amigo Imaginário, porque eu não sabia. Assim você consegue identificar se é o tipo de história que está a fim de encarar, mas não procure mais informações que isso (recomendação)!

Quer exemplo mais prático de um Amigo Imaginário?
Calvin & Haroldo
Este livro consegue prender a atenção do leitor a ponto de fazê-lo perder o fôlego e marejar os olhos em certas partes. Budo é um protagonista muito inocente, não há malícia, só a realidade do cotidiano de uma criança. É legal ver que ele, às vezes, não sabe o que está acontecendo em uma situação que é tão clara para nós com nossa bagagem de vida, e vai descobrindo, por intuição, o que aquilo significa. Essa é também a forma como nós aprendemos durante a vida.

Gostaria de ter sido melhor fisgado pelo livro, porque acho que o autor prolongou partes que não precisavam realmente serem prolongadas. Ou eu que não estava no clima do livro até a metade. Daí para frente, resolvi que teria que agilizar a leitura -leio devagar, gente-, e passei a ler mais. Só então percebi o quão fluida era a leitura, porque em dois dias, terminei pouco mais de 200 páginas. Resumindo: dá pra ler num dia, porque as páginas passam e você não vê. Só vai precisar de paciência para ignorar os erros absurdos de uma revisão que não existiu nesta primeira edição.

Memórias de um Amigo Imaginário não trata só destes dois assuntos, a personalidade de Max e a fuga com a Sra. Patterson, mas também sobre bullying. Você percebeu que estou omitindo algumas informações, né? Só quero que você as descubra quando tiver o livro em mãos. Espero que faça uma boa leitura!


Confira a entrevista com o autor no blog Murmúrios Pessoais clicando aqui.

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Memórias de um Amigo Imaginário pode ser encontrado nos seguintes sites:
Skoob     |     Site da Editora     



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Rafael

Sobre o autor

Rafael Formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, viciado em Internet, e adora esse mundo literário. Prefere os livros contemporâneos, mas, de vez em quando, precisa de algumas doses de fantasia.
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