Título: Amor de Verão
Autor: Álvaro Cardoso Gomes
Editora: Moderna
Páginas: 128
Sinopse:
Valter é um adolescente como os outros, mas não acredita em si mesmo. Julga-se feio, usa óculos e tem muita dificuldade de aproximar-se das meninas. Morre de amores por Ana e ela por ele, mas sua insegurança impede-o de declarar-se. E a história se desenvolve num roldão de acontecimentos, até o amadurecimento de Valter. Uma história deliciosa, para ser degustada por todos os leitores, dos mais exigentes aos mais preguiçosos.Minha história com esse livro é engraçada.
Quem se lembra das provas dos livros durante o Ensino Fundamental? Foi com este propósito que a professora de português da 6ª série (oi, Laudicéia!) nos indicou Amor de Verão, de Álvaro Cardoso Gomes, para leitura há exatos 10 anos.
Me lembro como se fosse hoje eu avisando minha mãe, em tom de indignação, que teria que ler esse livro e que seria preciso comprar um exemplar, pois só havia um ou dois disponíveis na biblioteca da escola. Tamanha indignação era devida a dois fatos: (1) não querer que ela gastasse dinheiro com este livro em específico, porque (2) eu não aceitava que teria que ler uma história de amor. Eu tinha 12 anos.
(Nunca me esqueço:) Quando comecei a leitura obrigatória, achava tudo muito chato. Sempre que alguém me perguntava sobre o livro, a resposta era certa: "É, mais ou menos, não vejo a hora de terminar logo com isso, credo!". No entanto, minha opinião foi mudando conforme a história seguia... Quanto menos páginas faltavam para finalizar, mais eu gostava! Mas, como O teimoso que eu era, não admitia nada: "Deu uma melhorada, mas só quero acabar logo".
Sei que quando cheguei ao fim, eu queria ter vivido aquela história no lugar no Válter! Havia adorado. Claro que não admiti isso na época por motivos de: cabeça-dura. Mal sabia eu que foi só o início, e que no futuro, ainda leria vários romances.
Tanto drama de minha parte foi por causa da história de Válter, um garoto tímido, reservado, inteligente, que usa óculos e que é atraído pela linda Ana. É ela quem o auxilia com geometria, o que ajudou a construir uma singela amizade da qual Válter não abriria mão, e queria mais: estava apaixonado.
Os familiares dele são estereotipados, mas muito engraçados, apresentando cada um uma característica única: a mãe é super protetora e mandona; irmã não nunca perde a oportunidade de provocá-lo; já o pai é quem sempre tenta aliviar a situação.
Assim que as aulas terminam Válter é convidado por seu amigo Marcel a passar as férias de verão no sítio do tio, junto com outro amigo, Alberto, onde muitas brincadeiras e desavenças ainda estariam para acontecer, mas que ficariam marcadas para sempre nas lembranças dos eternos amigos.
Guerra de mangas contra as garotas, Meire, Amélia e Amália, foi só uma das diversas peripécias aprontadas naquele verão, e tudo por conta da casa na árvore, exclusiva para os meninos. Imagine só o que acontece depois... ou melhor: leia e descubra!
Mas esse período de férias é arrematado com a chegada de Selma, uma prima mais velha de Marcel, que faz parte da melhor parte de toda a história, e que ensina a Válter como é o amor e sobre o que ele realmente sente pela Ana.
É muito visível o crescimento e amadurecimento do personagem durante aquele verão, impulsionado pelas desavenças e reconciliações com os amigos, pelos períodos de solidão, leitura e reflexão, e pelas conversas com Selma.
Publicado em 1992, Amor de Verão é uma história atemporal, mesmo apresentando marcas da década anterior, como sapatos lustrados e brilhantina nos cabelos. Com ilustrações a cada capítulo, uma linguagem simples e muito gostosa, consegue cativar a seu público alvo, infanto juvenil, e também aos mais grandinhos, sendo este mais um livro que marcou minha vida literária, e que merece ser relido sempre.
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Amor de Verão pode ser encontrado em:
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Sobre o autor
Rafael Formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, viciado em Internet, e adora esse mundo literário. Prefere os livros contemporâneos, mas, de vez em quando, precisa de algumas doses de fantasia.
@rafaschiabel
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1 comentários:
Tbm li esse livro. Por volta de 2003. Na oitava série do ensino médio.! Só boas lembranças e belas recordações!
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