Título: Stolen - Raptada
Título Original: Stolen
Autora: Lucy Christopher
Editora: iD
Páginas: 368
Sinopse:
Gemma é uma adolescente normal esperando para pegar um voo no aeroporto de Bangkok com seus pais. Ao se afastar, conhece o charmoso e envolvente Ty, e nem imagina quais são suas reais intenções... Ele lhe oferece um café em que coloca algum tipo de droga. Confusa, ela é sequestrada e arrastada para o meio do deserto australiano. Ele a rouba para si, depois de anos a observando, e ainda espera que ela o ame. Os dias se passam e eles têm apenas um ao outro na imensidão vazia e escaldante do deserto, e Gemma começa a entender e conhecer Ty. É aí que os limites entre inimizade e compaixão vão ficando cada vez mais tênues...
Stolen - Raptada conta a história de Gemma, uma garota de dezesseis anos que está com os pais num aeroporto em Bangkok aguardando o horário do próximo voo, quando avista um rapaz que, mesmo desconhecido, lhe parece familiar, e este se oferece para pagar seu café, porque o estabelecimento não aceitava moedas estrangeiras. Era só um café. E sentam-se para conversar. Ty é o nome dele. Então tudo acontece.
Gemma é raptada e levada para a Austrália, num deserto onde ninguém nunca poderá encontrá-la. Um local totalmente afastado da civilização. Ty proporciona uma boa estadia para ela, pelo menos é o que ele acha, e decide que ela ficará com ele para sempre.
Como diz o subtítulo, Stolen é narrado como se fosse uma carta de Gemma para Ty, e isso inclui todos os sentimentos que ela sente de medo, repulsa, pânico, compaixão. Sim, compaixão, porque até mesmo o leitor que pode odiar Ty do começo ao fim do livro acaba entendendo o lado dele nessa trama. O que é esquisto, afinal ele é o vilão da história... Não é?
Mas Gemma sofre da Síndrome de Estocolmo, em que a vítima se identifica com seu sequestrador e é isso que dá origem à carta. E pensar nessa possibilidade também é estranho, porque se ela o odeia tanto, como pode estabelecer um laço afetivo com ele?
Ty se mostra misterioso sempre, mas vai se revelando aos poucos, suas intenções, suas ideias, seu egocentrismo, suas frustrações e revoltas. O prêmio de "Melhor Vilão" estampado na capa é de se pensar, mas mesmo que tenha suas justificativas, a mente deste personagem é doentia.
A narrativa da autora é boa, e a diagramação da Editora iD facilita ainda mais a leitura com fonte em bom tamanho, linhas bem espaçadas, porém peca na revisão, com algumas palavras escritas erradas, faltando letras, e também na falta de algumas pontuações. Mesmo sendo uma "carta" e esta sendo escrito pela personagem, não acredito que quiseram "manter" os erros de escrita da protagonista. Acima de tudo, é um livro, e não há nenhuma nota informando que os erros são propositais (exceto as grafias de Ty).
Particularmente, achei que fosse gostar muito mais da história, que tinha tudo para ser excitante, mas os caminhos traçados para o "casal" do livro não me agradaram desde o início, porque havia imaginado uma linha para a trama, mas foi outra bem diferente e acabei me decepcionando, e a leitura se tornou cansativa em algumas partes. Mas não tira o mérito da nova abordagem, e muitos vão gostar de Stolen, com certeza.
"- Você é doente - eu disse entredentes. - Você ficou obcecado com uma menina de dez anos e a sequestrou seis anos depois? Que espécie de monstro...
- Não - sua boca se contraiu. - Não foi assim que aconteceu. Eu não estava obcecado... - Seu rosto estava petrificado, o rosto de um assassino. - Você não sabe a história toda."
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Sobre o autor
Rafael Formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, viciado em Internet, e adora esse mundo literário. Prefere os livros contemporâneos, mas, de vez em quando, precisa de algumas doses de fantasia.
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