Saíram duas sequências de séries que já estava acompanhando há algum tempo: “Pandemonium”, da série “Delirium” e “Insurgent”, da série “Divergent”. Eu, curiosa que sou, comecei a ler imediatamente.
Ao fazer a resenha é que me toquei: como eu vou falar de dois livros que sei que a maioria das pessoas ainda não leu nem o primeiro sem estragar a experiência delas?
Isso me levou a pensar se realmente vale a pena ler livros que ainda não estão disponíveis aqui. Afinal, não tenho ninguém com quem compartilhar a experiência, trocar ideias e, até mesmo reclamar.
Ao ler Harry Potter, tinha com minha irmã uma relação intensa de troca. A gente discutia TUDO, entrava em todos os mínimos detalhes. E essa experiência me fez ler melhor os livros, além de potencializar nosso próprio relacionamento. Ler é uma ação individual que pode sim melhorar relacionamentos. Nós crescemos e não lemos sempre as mesmas coisas. Hoje em dia, se quero debater alguma coisa com ela, insisto para ela ler o livro. Foi assim que conheci “Percy Jackson” e foi assim que ela conheceu “Hunger Games”.
Então, se você só lê coisas que ninguém mais está lendo, acaba-se perdendo parte da experiência de leitura, sim.
Ao mesmo tempo, ler é realmente uma ação individual. Hoje em dia não leio por ninguém, somente para mim mesma, para atender meus desejos e minhas curiosidades. Se é assim, o que eu perco lendo coisas que ninguém mais lê? Só a parte que acontece após a leitura e não a experiência de ler em si.
Acredito que cada pessoa deva sempre trilhar o seu caminho em cima das coisas que fazem sentido em sua vida e em sua identidade. Pessoalmente, eu gosto de ler o que ninguém está ainda lendo. Se quero companhia, dou de presente para os outros. Mas, o que preciso realmente aprender a fazer é resenhar sem dar muitos spoilers. Afinal, estamos mesmo nessa vida para aprender coisas novas, não é?
E vocês? O que acham dessa discussão? Vale mais a pena a experiência de troca ou saciar sua própria curiosidade?
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Sobre o autor
Joana Aquariana, carioca. Devoradora de livros, viciada em séries e sol. Leio na praia, no ônibus, no carro, no computador, no sofá, na cama, no banheiro, andando, correndo e, às vezes, até tomando banho.
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