Resenha: O Rei E O Camaleão

Título: O Rei E O Camaleão
Autor: Christian David
Editora: Idéias A Granel / Fumproarte
Páginas: 120

Sinopse:

O livro compõe-se de duas histórias destinadas ao público jovem e adulto. “O Monge Rei” passa-se em um reino fictício no que se poderia comparar à nossa idade média, época de reis, castelos e lutas de espada. Já “O Camaleão” é uma ficção espacial que conta a história de um agente secreto que tem a peculiar característica de ser um transmorfo. Ambas nos remetem àqueles sábados em que a geração que passou sua infância nos anos oitenta assistia a seriados enlatados e colecionava revistas em quadrinhos.

Suas duas histórias são completamente distintas, mas ambas buscam o mesmo objetivo: a força da amizade.
Me senti lendo contos de fadas com a leitura deliciosa que Christian David nos proporcionou com O Rei E O Camaleão.

Em O Monge Rei, é narrada a história, em épocas medievais -essa foi minha primeira experiência com histórias de época-, do rei Petrus, que ferido em batalha, perdeu a memória e foi levado por seu arqui inimigo, Solano, para um monastério, onde passou 5 anos.
Nunca recordou-se quem era, nem ninguém sabia para poder ajudá-lo. Até que Petrus começou a ter sonhos que revelaram sua identidade.
Solano tem tudo pronto para que seja consolidado o casamento com a rainha Litara e ser o rei de Fangot.
Nessa ânsia por querer voltar ao trono, roubado por Solano, Petrus conta com a ajuda de vários amigos fiéis a ele em sua época de rei.
A missão não é fácil, mas não vou contar mais nada. =P

"- [...] Ir e vir é um direito de todo cidadão de Fangot, eu fiz a lei e só eu posso revogá-la. Eu preferia ter passado sem nenhum problema, amigo. Você teve a sua chance."

A leitura flui muito bem. Christian encorpora uma escrita típicamente medieval, o que a deixa elegante (como disse Salatiel -usou a palavra perfeita). Achei fenomenal.
Gostei das reviravoltas inesperadas da história. Considerando que O Monge Rei tem 81 páginas, eu ficava com medo de a história não se concluir perfeitamente, justamente por Christian sempre provocar algo que mudasse seu rumo. o/ 
A história, por fim, termina com suas peças devidamente encaixadas, até abrindo uma brecha para uma continuação (Christian?!).


Em O Camaleão, Meg Knox, um dos cinco sobreviventes da colonização do planeta Bandeira 1, faz parte de uma experiência do S.I.G.I. (Serviço Intergalático de Inteligência). Knox tem o poder de se transformar em qualquer pessoa, sendo ele um transmorfo.
Encaminhado para uma missão, Knox deve se transformar no ditador Sorbone, do Planeta Zara, para que ele liberte o povo entregando-lhes o poder.
Óbvio que não dá certo o plano, relativamente fácil.
Preso por Saila, 'secretária' de Sorbone, Knox é descoberto, mas Saila tem de o ajudar a salvar Sorbone -ele não é realmente quem se pensa.

"- Mas Knox dez minutos é muito pouco tempo, me dê pelo menos...
- 'Fim da mensagem'.
Assim que foi cortada a transmissão, Ana teve vontade de degolar Knox. Mas, por fim, girou a cadeira e disse a todos que estavam no plantão:
- Pessoal! Temos muito trabalho e já estamos atrasados!"

Gostei muito da história futurística de Christian. Apesar de que cada uma têm características distintas, eu acabei gostando (um pouquinho) mais de O Cameleão. Sério, é muito bom. Pena que é mais curto. xP
A linguagem muda, incluíndo termos técnicos e uso de novas tecnologias. É uma mudança brusca, de alguns bons mil anos de uma para a outra.
É tudo muito ágil e tenso. Knox é o espião, dessa vez. Um transmorfo é sempre faminto: é assim que ele consegue se manter como outra pessoa. Precisa de comida, comida, comida.

Senti a falta, tanto em O Monge Rei, quanto em O Camaleão, de descrição do cenário. Me senti desnorteado ao criar as cenas, porque a descrição das ações se sobressaem, esquecendo-se da ambientação. Nada que retire todas as estrelas que dei ao livro. LONGE DISSO!


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Adorei o livro, do começo ao fim.
Christian, quero maaais!

Rafael

Posted in: Leitura Nacional, Resenha

Sobre o autor

Rafael Formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, viciado em Internet, e adora esse mundo literário. Prefere os livros contemporâneos, mas, de vez em quando, precisa de algumas doses de fantasia.
@rafaschiabel Skoob Tumblr