21 de junho de 2012

Autores e seus Personagens: Sidney Sheldon (Bônus)

Depois de alguns dias afastado da minha função aqui no blog, no ensejo de um artigo para a faculdade, retorno com um post especial *-* Hoje resolvi trazer um bônus.

Como perceberam, desde a minha estreia no Lembra Daquela História? até agora, revelei a vocês autores e personagens britânicos e norte-americanos, então, antes de iniciarmos um novo ciclo da coluna Autores e seus Personagens em outro território do globo terrestre preparei esse bônus para antecipar outro ciclo que se iniciará em breve.

Em especial, trago comigo alguém que, mesmo criando personagens fabulosos e cheios de manias, não cedeu seu espaço nos holofotes e não deixou, mesmo após sua morte em 2007, que o público esquecesse quem estava por trás daquelas figuras da ficção. Ele escreveu 18 romances... 300 milhões de livros vendidos em 180 países, traduzidos para mais de 50 idiomas, entre eles, Nada Dura Para Sempre, Se Houver Amanhã.

Sim, estou me referindo a ele, claro, sinônimo de best-seller, Sidney Sheldon.


Não é exagero dizer que seu nome é sinônimo de best-seller. Desde sua estreia como escritor todos os seus livros, viraram best-sellers e ocuparam o topo das listas de livros mais vendidos nos principais jornais do mundo. E, mesmo cinco anos após a sua morte, Sidney Sheldon continua presente na lista de best-sellers. Isso graças a uma jogada da sua editora que agora trabalha com a marca, como uma forma de manter a obra do autor viva mesmo após a sua morte, contemplando os jovens leitores. O nome do autor pode estar na capa, mas A Senhora do Jogo (2009) e Depois da Escuridão (2010) foram escritos por Tilly Bagshawe -- com acompanhamento da família e a devida autorização, a escritora e fã do autor é a alma por trás dos romances assinados por ele.

QUEM É SIDNEY SHELDON?

Nasceu em 11 de fevereiro de 1917, Sheldon escreveu 18 romances. Mas antes de se consagrar como escritor, o autor chegou a trabalhar, em 1929, como vendedor de sapatos, locutor de rádio e entregador de farmácia. Foi durante a adolescência que Sheldon decidiu participar de um programa de calouros como compositor, o que acabou o levando para Hollywood, onde passou a revisar roteiros.

Depois de prestar serviço militar durante a Segunda Guerra Mundial, Sheldon começou a escrever musicais para a Broadway e roteiros cinematograficos. O sucesso das peças facilitou seu aceso aos estúdios de cinema e o aproximou de astros como Franck Sinatra, Marilyn Monroe e Cary Grant. Na TV, os seriados Nancy, Casal 20 e Jeannie é um gênio levaram sua assinatura. 


Mas sua carreira consagrada como autor de suspense só ocorreria em 1970 com a publicação de seu primeiro livro: A Outra Face -- livro que me fez conhecer o autor e o restante de suas obras -- é a história de um psicólogo que é acusado de assassinato, foi vendida para a editora Morrow por mil dólares. No mesmo ano foi nomeada como Melhor Livro de Estreia do Ano, levando o prêmio Edgar Allan Poe de Literatura em 1971. Logo em seguida seria lançado O Outro Lado da Meia-Noite, que alcançaria o primeiro lugar na lista de mais vendidos do The New York Times, permanecendo nessa posição por 53 semanas consecutivas.

Várias de suas obras foram adaptadas para séries ou filmes, muitas vezes tendo o autor como produtor. Sheldon geralmente utilizava personagens femininas como suas protagonistas. Em uma entrevista da Associated Press, em 1982, o autor afirmou sua preferência porque “gostava de escrever sobre mulheres que são talentosas e capazes, mas o mais importante, mantêm sua feminilidade”. Enquanto isso, seus personagens masculinos ganhavam ares maléficos e impiedosos. Seus romances ficaram conhecidos pelo suspense e sensualidade marcantes, além de trabalhar com elementos como fama, fortuna, intrigas, assassinatos, desaparecimentos e vingança -- sem dúvida, um prato cheio para leitores assíduos.

Foram 18 romances com intervalos curtos de tempo: A Outra Face (1970), O Outro Lado da Meia Noite (1974), Um Estranho no Espelho (1976), A Herdeira (1977), A Ira dos Anjos (1980), O Reverso da Medalha (1982), Se Houver Amanhã (1985), Um Capricho dos Deuses (1987), As Areias do Tempos (1988), Lembranças da Meia-Noite (1990), O Juízo Final (1991), Escrito Nas Estrelas (1992), Nada Dura para Sempre (1994), Manhã, Tarde e Noite (1995), O Plano Perfeito (1997), Conte-me Seus Sonhos (1998), O Céu Está Caindo (2000), Quem Tem Medo do Escuro? (2004) e O Outro Lado de Mim: Memórias (2006).

Sidney Sheldon, faleceu em 2007, vítima de complicações causadas por uma pneumonia.

Hoje, bem cedinho, enquanto eleborava o post, uma pergunta apocalíptica se instalou na minha mente e eu a deixei materializar-se por vontade própria. Não é a primeira vez. Se você acompanha a coluna, acredito que já saiba qual é a pergunta. "Se os livros de Sidney Sheldon fossem jogados numa fogueira e eu tivesse a oportunidade de salvar quatro deles, quais iriam ser salvos da fúria das labaredas?" Bem, gente, os motivos para minha escolha foram baseados no peso da trama e na peculiaridade do livro em si.


A OUTRA FACE 
1º LIVRO PUBLICADO POR SIDNEY SHELDON 
E FOI A PARTIR DESTE QUE CONHECI OS OUTROS!











SE HOUVER AMANHÃ
NÃO ME DEIXAVA DORMIR. A CADA CAPÍTULO UM CHOQUE, UMA AVENTURA, FIQUEI PRESO A 
TRACY WHITNEY LITERALMENTE! 





 
NADA DURA PARA SEMPRE
TRÊS MÉDICAS -- Kate Hunter, Betty Talf e Paige Taylor --
INÚMERAS VIDAS EM JOGO, INCLUSIVE A DO PRÓPRIO LEITOR QUE AGONIZA A CADA PÁGINA!







 

A SENHORA DO JOGO
APÓS A MORTE DE SIDNEY SHELDON,
TILLY BAGSHAWE É A ELEITA PARA UTILIZAR
A MARCA DO MESTRE DO ROMANCE E 
REVIVER PERSONAGENS MARAVILHOSOS!





 CURIOSIDADES SOBRE O AUTOR

LIVROS -- A sua escrita obriga o leitor a continuar com a leitura. Quando você termina um capítulo, acaba querendo continuar para ver o que acontece no seguinte, o que leva o leitor a não conseguir largar um livro do grande Sidney Sheldon até que tenha terminado. 

PROCESSO CRIATIVO -- Sidney Sheldon tinha o costume de contar a história oralmente para que sua secretária a digitasse ou usasse um gravador. Com esse processo, o autor chegava a fazer, em média, 50 páginas por dia. No dia seguinte, ele fazia a revisão do que havia feito no dia anterior e repetia o processo até que o livro estivesse finalizado. Então ele fazia diversas revisões da obra, podendo passar até um ano para liberá-lo para publicação.

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