Num post anterior de Dicas Daquela História, falei sobre os Audiobooks - uma experiência nova para os ouvintes e uma solução para os cegos.
Porém, cegos também têm outra forma de ler, e de escrever, que é utilizando o alfabeto em Braille. Algumas editoras se importam com essa parcela da população que fica restrita ao pouco material impresso em Braille (em relação aos escritos).
Fonte: Biblioteca Hans Christian Andersen |
Porém, aos que necessitam, tenho uma boa notícia: estão em boas mãos!
Não é de hoje que a Fundação Dorina Nowill vem fazendo estas publicações. Além das gravações em áudio, há as transcrições dos livros infantis, didáticos, literários, manuais, cardápios, entre outros, na escrita Braille.
Segundo o site da Fundação, "sua escrita [livros em Braille] é baseada na combinação de 6 pontos, dispostos em duas colunas de 3 pontos, que permite a formação de 63 caracteres diferentes, que representam as letras, números, simbologia aritmética, fonética, musicográfica e informática". Esses pontos em alto relevo são identificáveis através do tato, que os cegos tendem a desenvolver muito mais.
Impressora Braille - fonte: Civiam |
Imprimir um livro Braille é caro, por isso há tão poucos livros por aí neste formato e o acesso a eles, digo, o valor cobrado por eles, é elevado.
Eu não sei vocês, mas eu adoro ver que essas novas tecnologias que facilitam o acesso às informações que qualquer ser vivo tem o direito de receber. E, mais uma inovação nessa área é o projeto espanhol de um bBook. Já pode imaginar o que é?
Sim, e-book reader em Braille! É um projeto que saiu há alguns anos, mas que espero que, um dia, seja comercializado. O vídeo demonstrativo você poderá assistir clicando aqui. É muito interessante, mesmo.
Para fãs de plantão, arranquem os cabelos, porque os livros de Harry Potter já foram lançados em Braille! \o/
Fonte: EPTV |
Aqui em São Carlos, há poucos anos, foi construído o Espaço Braille, um lugar todo adaptado para cegos, que dispõe-se de vários volumes em braile, "como dicionários, Atlas, literatura infantil, juvenil, ficção, romance, poesia, além de livros didáticos nas áreas de informática, química, matemática, ciências, entre outros", e computadores com programas de sintetizador de voz, editor, leitor e impressor, conversor de textos para braile, segundo a diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas de São Carlos (SIBi), Claudete Sacomano. (fonte: Prefeitura de São Carlos)
Digo isso tudo, porque devemos nos preocupar, também, com as pessoas que, por um ou outro motivo, ficam restritos às novos livros, novas leituras.
Seria MUITO legal, se as editoras brasileiras, também se dispusessem a criar seus títulos em formatos diversos (áudio ou braille), ainda que os processos para isso sejam caros. Se se unissem para esse propósito, teríamos resultados espetaculares.
Poderiam investir mais em audiobooks, que vem ganhando espaço. Harry Potter demorou anos e anos para ganhar sua primeira versão em português, em áudio, e ainda são bem caros.
Já pensou se os lançamentos de todos os formatos (escrito, áudio e braille) fossem simultâneos?
;D
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Rafael
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Sobre o autor
Rafael Formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, viciado em Internet, e adora esse mundo literário. Prefere os livros contemporâneos, mas, de vez em quando, precisa de algumas doses de fantasia.
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