Resenha: E Se Fosse Verdade..., de Marc Levy

Título: E Se Fosse Verdade...
Título original: Et Si C'était Vrai...
Autor: Marc Levy
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 256

Sinopse:

A história se passa em São Francisco, em julho de 1996. A jovem e bela Lauren, estudante de medicina, sofre um acidente de carro, entra em coma e vai parar no mesmo hospital onde trabalha. Apesar de seu estado, Lauren consegue, espiritualmente, voltar para o seu antigo apartamento. Lá, encontra Arthur, o arquiteto que é o novo morador do imóvel e a descobre no armário do banheiro ao ir tomar banho. Ele é a única pessoa que consegue vê-la, ouvi-la e senti-la.
Inicialmente se recusando a acreditar na história de Lauren, Arthur só fica convencido de toda a verdade quando vai até o hospital e a encontra desacordada. A partir daí, ele vai fazer o impossível para ajudá-la a voltar ao seu estado natural.

 Este livro faz parte do Book Tour organizado pelo blog Livros & Bolinhos.

E Se Fosse Verdade é um romance muito bem construído, com personagens marcantes, mas, antes que fale mais deles, vamos à história do livro.

Tudo começa com Lauren. É uma bela médica residente, muito dedicada e atenciosa com seus pacientes. Exausta do trabalho, planeja passar o final de semana com os amigos para espairecer e relaxar. Prepara as malas e parte... para um coma profundo. Um acidente quase fatal a deixa em estado vegetativo, sem chances de acordar.

Arthur, arquiteto, ao chegar em seu novo apartamento, enxe a banheira, liga o rádio e entra. Estalos de dedos são ouvidos de dentro do armário, no ritmo da música. Desconfiado, abre a porta e se depara com uma mulher totalmente desconhecida! Achando que é alguma brincadeira de Paul, seu sócio, discute com a mulher e tenta mandá-la embora. Era Lauren - a fantasma! O.O

Este é seu apartamento e vive lá como fantasma desde o acidente. Só Arthur é quem pode vê-la, tocá-la, e só ele pode ajudá-la a voltar ao normal. "Como? " é o que você me pergunta e eu te respondo: "Não sei! "  \o/ Não há alternativas para tal.

"- Porque, enquanto se calcula, enquanto se analisam o prós e os contras é que a vida corre, e que nada ocorre. Não sei como, mas vamos tirá-la dessa situação."

Ele não acredita que possa tudo isso ser verdade, mas seu ceticismo acaba ao visitar Lauren no hospital e constatar que ela está dormindo profundamente.

Planos mirabolantes são postos em prática e a sorte é que vai lhes dar as respostas sobre como ajudá-la.

Entre discussões e trocas de ideias, os dois se apaixonam e Arthur vai fazer o impossível para evitar a eutanásia que a mãe de Lauren foi induzida a aceitar que se faça.

Lembro que assisti ao filme na TV, mas há um bom tempo e lembrava vagamente de algumas partes. Dessa forma, achei melhor esquecer o filme e me dedicar inteiramente ao livro. Por mais que a grande maioria ache que "o livro decepcionou", que "o filme é melhor que o livro" e blá-blá-blá, eu adorei e me surpreendi.

É difícil até de tirar algumas frases para mostrar para vocês. Citaria páginas e páginas.

Não posso chamar de inconveniente, mas é característico de um dos locais em que a história de Lauren se passa, o hospital. O autor usa, em certas partes, vocabulários técnicos da área médica. Chega a parecer um pouco exagerado, mas acaba deixando as cenas bem detalhadas. Aliás, Marc tem um grande conhecimento para descrever daquelas formas os atos médicos.

Achei interessante, também, a extenção do capítulo em que Lauren entra e coma, que nos deixa agoniados com a situação e vemos os médicos e enfermeiros trabalhando para mantê-la bem.

Vivi várias emoções durante a leitura. É um livro que proporciona, além do entretenimento, grandes reflexões sobre a vida e a forma com que nos portamos nela, sem ser clichê ou exagerado.

As personagens são fortes, decididas e de vida própria; cada qual com suas características. A mãe de Arthur, Lili, foi uma das personagens que mais gostei, porque é sincera e preocupada com a educação moral do filho. Nada que ela fez ou deixou de fazer foi por acaso. Foram partes muito emocionantes! #recomendo

"Já que não se pode viver tudo, o importante é viver o essencial, e cada um de nós tem o 'seu essencial'."

Imerso no livro, terminei-o com peso na consciência por tê-lo feito. Encarei a capa por alguns minutos, olhando os reflexos das flores deste imenso jardim. A capa é ótima. Não queria largá-lo.

Já fiquei feliz em saber que há uma continuação: Encontrar Você.

Obrigado, Juh Oliveto, por ter me proporcionado esta excelente leitura!

Vocês já leram, ou assistiram ao filme?

E Se Fosse Verdade pode ser encontrado nos seguintes sites:
Skoob

Rafael

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Sobre o autor

Rafael Formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, viciado em Internet, e adora esse mundo literário. Prefere os livros contemporâneos, mas, de vez em quando, precisa de algumas doses de fantasia.
@rafaschiabel Skoob Tumblr