Leia Shakespeare no original! |
Oi, Gente! Meu nome é Joana e sou uma das novas colaboradores do pedaço. Sejam bonzinhos comigo!
O Rafael pediu (entre outros temas) para postar resenhas de livros que não foram publicados no Brasil para conhecerem um pouquinho o que ainda vai pintar por aqui. Espero apresentar algumas coisas boas nesses nossos “encontros” semanais.
Mas, antes de começar a trazer as resenhas, gostaria de explicar um pouquinho as vantagens de ler uma obra no original.
É mais fácil me ver com um livro em inglês do que em português nas mãos. Inclusive, sou conhecida por esquecer palavras e dizer sua tradução em inglês pras pessoas me lembrarem como se diz em português. E, nessas situações, é bem comum me dizerem “ah, não tenho paciência nenhuma pra ler em inglês” ou “ah, eu não falo inglês suficiente pra isso”.
Mas, sendo um caso ou outro, se você tem um inglês básico (suficiente pra acompanhar as letras de músicas quando olha na internet, por exemplo) já dá sim pra começar a ler. Isso porque, ao contrário que muitas pessoas acreditam, você não precisa saber todas as palavras do vocabulário para entender o que está sendo dito. Muitas vezes o sentido é até mais fácil de compreender do que se estivesse em português, já que a língua varia bem menos que a nossa (menos tempos verbais, menos sujeitos). Agora, a verdade é que será uma leitura mais lenta, sim. Por isso, é importante ter paciência.
Para quem está se perguntando por que dificultar uma tarefa que é para ser prazerosa eu explico: ler em uma língua é a melhor maneira de se tornar fluente nela. E a grande vantagem:
não dá nem pra cair na tentação de colocar uma legenda como nos filmes! Além disso, seu vocabulário cresce e você tem acesso a muito mais conteúdo interessante: séries, livros, notícias, blogs. A sua escolha na hora de se informar é muito maior e, com isso, você exercita sua mente e as possibilidades de diversão aumentam.
Outro ponto importante na hora de escolher um original para ler é a tradução. Não me levem a mal, as traduções brasileiras são de altíssimo nível, mas é sempre possível que algo se perca: o estilo, o tom, a piada. Fora que quando o autor resolve inventar coisa nova a tradução pode terminar com a fantasia. Por exemplo, na série Jogos Vorazes, Katniss se torna "Mockingjay", uma palavra que inspira liberdade, esperança, beleza, leveza. Na tradução, ela se torna um "tordo". Dá para comparar?
Agora, para mim, a maior vantagem é não ter que esperar. Um livro, mesmo que comece a ser traduzido quase que paralelamente, a versão original demora, pelo menos, um mês para sair aqui. Ansiosos de plantão (como eu) ganham, com certeza, alguns anos de vida nessa.
Para quem está querendo começar, algumas dicas:
- Comece com livros que já leu em português. Como você já conhece a história será mais fácil acompanhar.
- Nas primeiras vezes escolha livros curtos para não se cansar rápido.
- Quando se sentir confiante, ataque primeiro um infanto-juvenil, já que a linguagem é mais simples.
- Nas primeiras experiências fique longe de livros de fantasia, já que os autores costumam criar expressões próprias o que pode acabar dificultando.
- Evite também os clássicos muito antigos, como Shakespeare, Austen e Dickes onde a linguagem costuma ser mais rebuscada.
- Quando se sentir pronto, escolha aquele livro que está doido para ler e ainda não saiu aqui.
- Coloque legendas em inglês nos filmes e séries. Assim, você vai melhorando sua leitura (e consequentemente sua escrita) e também a sua fala.
Quem quiser dicas específicas de livros pra começar a ler em inglês é só colocar aqui nos comentários seus gêneros preferidos. Terei maior prazer em ajudar. ;)
Boa leitura a todos!
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Sobre o autor
Joana Aquariana, carioca. Devoradora de livros, viciada em séries e sol. Leio na praia, no ônibus, no carro, no computador, no sofá, na cama, no banheiro, andando, correndo e, às vezes, até tomando banho.
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