O Nevoeiro
The Mist
2007
EUA
Suspense
126 minutos
Direção: Frank Darabont
Roteiro: Frank Darabont
Baseado na Obra de: Stephen King
E se colocássemos duas pessoas em um quarto fechado, duas pessoas que nunca se viram antes, e as deixássemos lá, por alguns dias? Será que ambas tornariam-se amigas inseparáveis para o resto da vida? Ou simplesmente passariam a tramar, secretamente, cada uma a seu canto, planos para acabar com a vida da outra e vice-versa?
A partir dessa simples, mas forte ideia que Frank Darabont escreveu o roteiro de O Nevoeiro, filme baseado no conto do célebre Stephen King, incluso em sua obra de contos Tripulação de Esqueletos.
Após uma forte tempestade, uma cidade do Maine é coberta por um estranho nevoeiro, extrenso, espesso e pesado. No centro da cidadezinha, pessoas fazem suas compras em um mercado para suprir todos os estragos causados pela tempestade da noite anterior. De repente, o nevoeiro toma conta da cidade e todos se veem presos no lugar ao constatarem que coisas estranhas acontecem àqueles que ousam entrar na neblina.
É nesse espaço fechado que a trama de O Nevoeiro desenrola-se. Um simples mercado vira o quarto trancado do início deste texto. Quando todos ali presos percebem que terão que conviver com opiniões diferentes e, pior, tomarem decisões juntamente com essas opiniões diferentes, o circo passa a pegar fogo.
O interessante de O Nevoeiro é que o roteirista e diretor Frank Darabont decidiu focar toda a trama nas discussões psicológicas, políticas e até filosóficas entre as personagens. Há, claro, cenas de ação, mas o melhor da película são as situações experimentadas pelas diferentes pessoas dentro do mercado.
Temos ali presente o protagonista David (interpretado por Thomas Jane), pai de um garoto de oito anos que, além de ter que cuidá-lo, resolve tomar conta de parte da situação e das pessoas envolvidas, organizando-as para que, em geral, as coisas não tomem rumos piores. É David que passa a liderar e manejar os problemas que começam a surgir.
Mas de longe a melhor personagem e que, com suas características, torna-se a principal do longa é a Sra. Carmody (interpretada brilhantemente por Marcia Gay Harden). Carmody é daquelas típicas religiosas fervorosas, que observa tudo o que acontece e transforma esse tudo em algo bíblico, profético, divino ou profano. Marcia Gay Harden entrega uma interpretação que causa raiva em qualquer telespectador. Destaque para a cena onde ela passa a pregar contra o grupo de poucas pessoas que David reúne e, armada de uma faca, exige um sacrifício.
Apesar de um roteiro que alterna entre grande tensão, cenas dramáticas e de diálogos pertinentes, Darabont ousou ao escrever um texto que entrega um final completamente às avessas ao tratar-se de uma produção hollywoodiana. Não é à tôa que o diretor trocou a Paramount pela Dimension Films, pois nesta recebeu sinal verde para filmar o final que achasse mais pertinente à película.
Com total apoio de King, Frank Darabont, que já havia dirigido Um Sonho de Liberdade e À Espera de Um Milagre, ambos baseados em obras do escritor americano, assina uma produção competente, que reúne elementos apreciados por diversos públicos: há ali a computação gráfica bem produzida aliada a efeitos especiais no ponto certo; há posições e closes de câmeras, dando, em certos momentos, um tom documental ao filme e, como já dito, há diálogos excepcionais e troca de farpas deliciosas entre as personagens.
O Nevoeiro começa de maneira básica, fazendo o espectador imaginar estar assistindo mais um filme bobo de suspense com sustos fáceis, mas, com o passar do tempo, torna-se uma obra que prende quem a assiste, seja por seus efeitos, seja por suas cenas ou seja por seus diálogos.
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Baseado na Obra de: Stephen King
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| © 2007 Dimension Films |
A partir dessa simples, mas forte ideia que Frank Darabont escreveu o roteiro de O Nevoeiro, filme baseado no conto do célebre Stephen King, incluso em sua obra de contos Tripulação de Esqueletos.
Após uma forte tempestade, uma cidade do Maine é coberta por um estranho nevoeiro, extrenso, espesso e pesado. No centro da cidadezinha, pessoas fazem suas compras em um mercado para suprir todos os estragos causados pela tempestade da noite anterior. De repente, o nevoeiro toma conta da cidade e todos se veem presos no lugar ao constatarem que coisas estranhas acontecem àqueles que ousam entrar na neblina.
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| © 2007 Dimension Films |
O interessante de O Nevoeiro é que o roteirista e diretor Frank Darabont decidiu focar toda a trama nas discussões psicológicas, políticas e até filosóficas entre as personagens. Há, claro, cenas de ação, mas o melhor da película são as situações experimentadas pelas diferentes pessoas dentro do mercado.
Temos ali presente o protagonista David (interpretado por Thomas Jane), pai de um garoto de oito anos que, além de ter que cuidá-lo, resolve tomar conta de parte da situação e das pessoas envolvidas, organizando-as para que, em geral, as coisas não tomem rumos piores. É David que passa a liderar e manejar os problemas que começam a surgir.
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| © 2007 Dimension Films |
Apesar de um roteiro que alterna entre grande tensão, cenas dramáticas e de diálogos pertinentes, Darabont ousou ao escrever um texto que entrega um final completamente às avessas ao tratar-se de uma produção hollywoodiana. Não é à tôa que o diretor trocou a Paramount pela Dimension Films, pois nesta recebeu sinal verde para filmar o final que achasse mais pertinente à película.
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| © 2007 Dimension Films |
O Nevoeiro começa de maneira básica, fazendo o espectador imaginar estar assistindo mais um filme bobo de suspense com sustos fáceis, mas, com o passar do tempo, torna-se uma obra que prende quem a assiste, seja por seus efeitos, seja por suas cenas ou seja por seus diálogos.
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Sobre o autor
Ewerton Estudante de Letras, gosta de escrever, ler e analisar tudo o que está em alta (ou não) no mundo pop atual e antigo. Curte música pop e indie e, nas horas vagas, brinca de ser crítico de cinema.
@ewertonmera
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