Antes de falar sobre o filme, gostaria de agradecer os comentários que recebo aqui em minhas resenhas, e que, como pude perceber, vêm aumentando a cada post criado. Espero trazer mais opiniões sobre diversos filmes.
Obrigado,
Ewerton.
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Premonição 5
Final Destination 5
2011
EUA
EUA
Terror
95 minutos
Direção: Steven Quale
Roteiro: Eric Heisserer
Em 2000 chegava ao cinema mais um filme que juntava um grupo de adolescentes envolvidos, de alguma forma, com a morte. O tema, mais do que batido pelas cinesséries oitentistas, como Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo, por exemplo, voltou para a telona prometendo inovação: na trama, o grupo de adolescentes sofriam um acidente de avião, com a diferença de uma das personagens prever tal acidente, salvando alguns amigos e "enganando a morte". Mas, justamente por enganá-la, o grupo de sobreviventes diminuía pouco a pouco, com cada pessoa morrendo de uma forma trágica, compensando assim o acidente original.
A fórmula deu certo, ganhando uma continuação em 2003 que trouxe um acidente diferente e mortes mais elaboradas e exageradas. Para a alegria dos fãs, o filme tornou-se franquia e em 2006 veio Premonição 3, seguido por Premonição 4 três anos mais tarde. A cada filme um acidente novo era apresentado, assim como as variáveis cenas das mortes das personagens.
Mas a fórmula, se não for bem conduzida, cansa e se desfaz. Foi o que começou a acontecer na terceira sequência, encabeçada por um acidente numa corrida NASCAR e com situações que beiravam o non-sense. Em outras cenas, como a do cabeleireiro, criavam uma tensão grande no espectador e, no fim das contas, a morte em si era algo simples e bobo.
O quinto filme da série, no entanto, vem com algumas novidades no roteiro. No acidente, que, desta vez, é a queda de uma ponte suspensa, a personagem que tem a premonição, dentro da sua visão, salva uma das pessoas que estavam envolvidas na tragédia, quebrando um detalhe que antes permanecia: se a pessoa não morre na premonição, não vai ser morta depois na vida real.
Por falar no acidente, a cena com a ponte suspensa é, de longe, a melhor do filme. Cada detalhe foi milimetricamente pensado para dar ao espectador uma cena divertida, bem pensada e realmente assustadora. Como o filme foi rodado em 3D, os planos de câmera não sofrem cortes ou movimentos bruscos, gerando takes mais genuínos e demorados. Aqueles que vão assistir aos filmes da série por causa das mortes mirabolantes, Premonição 5 é um prato cheio com o uso da terceira dimensão.
O 3D joga na cara do público, propositalmente, todo tipo de coisa: sangue, vidros, tripas, mãos... é uma festa, mas bem conduzida. Afinal, o diretor Steven Quale foi o responsável pela segunda unidade de Avatar: ou seja, o garoto sabe como fazer um 3D funcionar. A profundidade está lá bem colocada, assim como os objetos e afins lançados contra o púlico não são realizados de forma sem significado. Destaque para a cena da ginasta, que, ao contrário do quarto filme, cria uma grande tensão e faz jus à ela, apresentando uma morte simples na concepção, mas surpreendente.
Alguns críticos exageraram, comentando que o novo tempero adicionado à trama desse quinto filme (o fato das personagens poderem alterar o curso da morte matando alguém inocente) foi algo desnecessário, passando uma ideia de moral falsa. Eu vejo de outra maneira: os filmes da série são entretenimento: do mais, do menos, o público vai ao cinema para ver quais cenas de morte foram pensadas, e esse quinto honra a tradição e apresenta as melhores até então.
Em geral, Premonição 5 é um filme divertido. Mostra cenas com efeitos especiais bem feitos e utiliza bem o 3D, aumentando a vantagem para quem quer assistir ao filme, seja esse um conhecido da franquia ou um novo espectador. Principalmente com as referências aos outros filmes da franquia e a reviravolta do final.
© 2011 Warner Bros. |
A fórmula deu certo, ganhando uma continuação em 2003 que trouxe um acidente diferente e mortes mais elaboradas e exageradas. Para a alegria dos fãs, o filme tornou-se franquia e em 2006 veio Premonição 3, seguido por Premonição 4 três anos mais tarde. A cada filme um acidente novo era apresentado, assim como as variáveis cenas das mortes das personagens.
© 2011 Warner Bros. |
O quinto filme da série, no entanto, vem com algumas novidades no roteiro. No acidente, que, desta vez, é a queda de uma ponte suspensa, a personagem que tem a premonição, dentro da sua visão, salva uma das pessoas que estavam envolvidas na tragédia, quebrando um detalhe que antes permanecia: se a pessoa não morre na premonição, não vai ser morta depois na vida real.
© 2011 Warner Bros. |
© 2011 Warner Bros. |
Alguns críticos exageraram, comentando que o novo tempero adicionado à trama desse quinto filme (o fato das personagens poderem alterar o curso da morte matando alguém inocente) foi algo desnecessário, passando uma ideia de moral falsa. Eu vejo de outra maneira: os filmes da série são entretenimento: do mais, do menos, o público vai ao cinema para ver quais cenas de morte foram pensadas, e esse quinto honra a tradição e apresenta as melhores até então.
© 2011 Warner Bros. |
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Sobre o autor
Ewerton Estudante de Letras, gosta de escrever, ler e analisar tudo o que está em alta (ou não) no mundo pop atual e antigo. Curte música pop e indie e, nas horas vagas, brinca de ser crítico de cinema.
@ewertonmera
A Bombonière